Ronaldo de Oliveira/CB |
Banda inglesa agitou ginásio no primeiro show da turnê |
Quem imaginava que só fosse escutar os hits lá pelo meio do show, se enganou. Logo no início, Summer anunciou Regret, levando a platéia à loucura. Nesta música – como em muitas outras -, os olhos se fixavam no baixista. Hook enlouquecia os fãs com os solos e uma performance de dar inveja em qualquer um. Sem entrar no set list há algum tempo, Love Vigilantes foi o clássico inesperado da noite. Summer pega uma espécie de “teclado de sopro”, fazendo os acordes iniciais. O engraçado era ele agradecendo com um “gracias” a cada música tocada.
A essa altura o som ainda estava abafado. Quem estava na área vip quase não ouvia a voz do vocalista, inclusive ele mesmo pediu para que aumentassem o microfone. Um dos momentos mais aguardados da noite, além dos clássicos, era o anúncio de alguma música do Joy Division. E ele veio na sexta música. Transmission foi uma das três tocadas do grupo que deu origem ao New Order – Shadowplay estava na lista, mas não foi tocada. Em Atmosphere, Peter vai ao microfone e dedica a Ian Curtis – vocalista do Joy, que se suicidou em 1980.
Em Guilt Is A Useless Emotion, do último disco, Bernard larga a guitarra e sussurra um “i need your love”, repetindo-o várias vezes. Nesse momento o som deu uma melhorada e pode-se ouvir todos os instrumentos com mais clareza. O show começa a esquentar e tomar ares de boate quando True Faith é anunciada. A música ganhou uma versão “remixada” ao vivo. Uma das mais esperadas da noite, Bizarre Love Triangle, foi cantada pelo público do início ao fim. Interessante é ver Stephen Morris tocando essa música. Ele faz as mesmas “caras e gestos” do clipe. Peter, incansável mais uma vez, ia de um lado a outro do palco. Quieto no canto direito do palco, o tecladista/guitarrista Phil Cunningham demonstrava um pouco de timidez.
Embalado com as batidas dançantes, o público se esbaldava com Temptation, The Perfect Kiss - nessa hora o baixista esbarra numa das caixas de retorno e quase cai -, e Blue Monday, uma atrás da outra. Foi o melhor momento da apresentação. Bernard Summer agradeceu e saiu para voltar no “defasado” bis da noite. Quase cinco minutos depois eles voltaram com a ótima Turn e, claro, Love Will Tear Us Apart, uma das músicas de rock mais tocadas de todos os tempos. O último a deixar o palco foi Peter Hook, que, depois de 1h40 de muita agitação, ainda saiu tocando a música até sumir nas fumaças. Bem New Order.
"Peter Hook Is God"
Das quase oito mil pessoas no Ginásio Nilson Nelson, uma em especial chamava a atenção. Com uma camiseta com os dizeres “Peter Hook Is God”, o DJ Renato Bueller, 19 anos, era só emoção. “Que show maravilhoso. Apesar de o som no início não está muito bom, o show foi lindo. Peter Hook roubou a cena, como sempre”, disse Renato, que chegou no local do show às 14h somente para pegar um lugar melhor na frente. Acabou ganhando um presente: assistiu a passagem de som que a banda fez à tarde.
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